São Tiago Maior, primeiro apóstolo mártir
Origens
Tiago nasceu na Galileia e era filho de Zebedeu e Salomé, segundo as Sagradas Escrituras. Era irmão de João Evangelista, ambos pescadores. É sempre citado como um dos três primeiros apóstolos, juntamente com Pedro e André.
Pescador de homens
A vida de Tiago muda quando aceita o convite de Jesus para ser “pescador de homens”, como narra o Evangelho de São Mateus: “Jesus viu dois irmãos, Tiago de Zebedeu e João, seu irmão, que, junto com o pai, ajeitavam as redes no barco. Eles, imediatamente, deixaram o barco e seu pai, e o seguiram”.
É chamado de “maior” por causa do apóstolo homônimo, Tiago, filho de Alfeu, conhecido como “menor”.
Testemunha de milagres
Dentre os doze apóstolos, São Tiago foi um grande amigo de Nosso Senhor. Por isso testemunhou vários milagres e acontecimentos como a cura da sogra de Pedro, a Transfiguração de Jesus, a ressurreição da filha de Jairo e a agonia de Jesus no Horto do Getsêmani.
Páscoa
Depois da ressurreição de Cristo, Tiago foi para a Espanha para evangelizar. Mais tarde, voltou a Jerusalém, local onde foi preso e morto durante a festa da Páscoa no ano 42.
A sua morte está descrita nos Atos dos Apóstolos: “Naquele tempo, o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja. Mandou matar, com a espada, Tiago, irmão de João”. Assim, Tiago, o Maior, tornou-se o primeiro dos apóstolos a morrer pela fé em Jesus Cristo. Seu corpo foi trasladado para a Espanha.
Campo da estrela
Segundo a tradição, no ano 831, o sepulcro de São Tiago foi encontrado nas proximidades do monte Liberon, na cidade espanhola de Iria. O bispo da cidade viu uma estrela brilhante iluminando um campo, e ali foi descoberto um sepulcro, com as escrita: “Aqui jaz Jacobus, filho de Zebedeu e de Salomé”.
O lugar foi chamado de Campus stellae (“campo da estrela”), nome que deu origem à cidade de Santiago de Compostela. Em 1075, teve início a construção da Basílica dedicada São Tiago. Desde a Idade Média, o Santuário é local de peregrinações.
Minha oração
“São Tiago Maior, primeiro apóstolo a morrer pelo amor em Cristo, dai-nos a fé necessária para sermos tão íntimos do Senhor como tu fostes. Amém.”
São Tiago Maior, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 25 julho:
- Em Lícia, na atual Turquia, São Cristóvão, mártir. († data inc.)
- Em Barcelona, na Hispânia Tarraconense, São Cucufate, mártir. († s. IV)
- Em Cesareia, na Palestina, os santos Valentina, Teia e Paulo, mártires na perseguição do imperador Maximiano. († 308)
- Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, o passamento de Santa Olimpíades, viúva. († 408)
- Em Tréveris, na Renânia da Austrásia, na atual Alemanha, São Magnerico, bispo, que foi discípulo de São Nicécio. († c. 596)
- Também em Tréveris, os santos Beato e Banto, presbíteros, que levaram vida eremítica no tempo de São Magnerico. († s. VI-VII)
- Em Metz, na Gália Bélgica, atualmente na França, Santa Glodesinda, abadessa. († s. VI)
- Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, São Teodemiro, monge de Carmona e mártir ainda jovem durante a perseguição dos Mouros. († 851)
- Em Angers, na França, o Beato João Soreth, presbítero da Ordem dos Carmelitas. († 1471)
- Em Camerino, no Piceno, região da Itália, o Beato Pedro Corradini de Molliano, presbítero da Ordem dos Menores. († 1490)
- Em Salsete, na Índia, os beatos mártires Rodolfo Acquaviva, Afonso Pacheco, Pedro Berna, António Francisco, presbíteros, e Francisco Aranha, religioso, todos da Companhia de Jesus. († 1583)
- Em Bobino, na Apúlia, região da Itália, o Beato António Lúcci, bispo, da Ordem dos Frades Menores Conventuais. († 1752)
- Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Miguel Luís Brulard, presbítero da Ordem dos Carmelitas Descalços e mártir. († 1794)
- Em Madrid, na Espanha, Santa Maria do Carmo Sallés y Barangueras, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição. († 1911)
- Em Vera Cruz, no México, o Beato Ângelo Dario Acosta Zurita, presbítero de Veracruz (México) e mártir. († 1931)
- Em Urda, próximo de Toledo, na Espanha, os beatos mártires Pedro do Coração de Jesus (Pedro Largo Redondo), presbítero e Bento de Nossa Senhora de Villar (Bento Solano Ruiz), religiosos da Congregação da Paixão. († 1936)
- Em Talavera de la Reina, também na Espanha, os beatos mártires Frederico (Carlos Frederico Rúbio Álvarez), presbítero, Primo Martínez de San Vicente Castillo, Jerónimo Ochoa Urdangarin e João da Cruz (Elói Francisco Delgado Pastor), religiosos, todos da Ordem Hospitalar de São João de Deus. († 1936)
- Em Monzon, localidade próxima de Huesca, também na Espanha, o Beato Dionísio Pamplona Polo, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes das Escolas Pias e mártir. († 1936)
- Em Motril , na Espanha, os beatos Deográcias Palácios, Leão Inchausti, José Rada, Julião Moreno, presbíteros, e José Díez Rodríguez, religioso, todos da Ordem dos Agostinhos Recoletos. († 1936)
- Em Algodor, também na Espanha, os beatos José Luís Palácio Muñiz e António Varona Ortega, presbíteros; Higínio Roldán Irribérri e João Crespo Calleja, religiosos, todos da Ordem dos Pregadores e mártires. († 1936)
- Em Montcada, também na Espanha, os beatos mártires Gabriel da Anunciação (Jaime Balcells Grau) e Eduardo do Menino Jesus (Ricardo Farré Masip), presbíteros da Ordem dos Carmelitas Descalços, e companheiros. († 1936)
- Em Madrid, também na Espanha, o Beato José López Tascón, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936)
- No campo de concentração de Dzialdowo, na Polónia, a beata Maria Teresa Kowalska, virgem das Clarissas Capuchinhas e mártir. († 1941)
Fontes:
- vatican.va e vaticannews.va
- Martirológio Romano – liturgia.pt
- Arquisp.org.br
– Produção e edição: Bianca Vargas