São Rainério, padroeiro dos viajantes
Origens
Rainério nasceu em Pisa, Itália, no ano de 1118. Tendo a graça de nascer em um lar nobre, cristão e tradicional, teve sua educação e formação moral, religiosa e de negócios confiada a um bispo conhecido. Ele, porém, optou por estudar arte e, logo depois, se entregou a uma vida de pecado, caindo em um grande vazio existencial.
Encontro eremítico e com os pobres
Diante das consequências interiores que experimentava por estar entregue as contradições cristãs, impressionado com a miséria e a pobreza do povo à sua volta e, providencialmente, após um encontro com o eremita Alberto de Córsega – uma grande testemunha em seu tempo, que deixara tudo por causa de Jesus –, o jovem decidiu mudar de vida.
Mosteiro e abandono de bens
Já aos dezenove anos, ingressou como irmão leigo no Mosteiro de São Vito, onde viveu até os 23, sendo intimamente formado em santidade, em solidão e em desejo de corresponder aos desígnios de Deus.
Assim, retirado por um tempo em penitência, sentiu seu chamado para deixar todos os seus bens. E ele o fez: foi para a Terra Santa, onde ficou muitos anos visitando os lugares santos e sendo instrumento de conversão para muitos.
Retorno para a casa
Obediente a Deus, Rainério voltou para Pisa, já com fama de santidade. Tornou-se formador dos monges e de muitos da cidade.
“Rainieri d’água”
Recebeu este apelido porque, pouco antes de abandonar este mundo, formulou uma prece de bênção para o pão e a água. A água e o pão, benzidos por ele ou por outro, mas com sua fórmula, serenavam tempestades, curavam numerosos doentes e libertavam possessos e prisioneiros.
Páscoa
Foi um grande apóstolo para o povo, consumindo-se pelo Evangelho. Veio a falecer em 1161. Após a sua morte, os milagres continuaram acontecendo, sobretudo por meio da água que era benzida com o auxílio de sua oração.
No ano de 1591, suas ossadas foram encaminhadas para a catedral de Pisa, devido à fama dos milagres obtidos em seu nome. A canonização de São Rainério foi celebrada pelo Papa Alexandre III.
A minha oração
“São Rainério, tu que fostes um jovem inconformado com uma vida distante de Deus e que deixastes tudo por amor a Ele e aos pobres, conceda-me tal grande coração: incapaz de viver sem a presença do Senhor e consumido de zelo pelas almas. Amém!”
São Rainério, rogai por nós!
Outros santos e beatos celebrados em 17 de Junho:
- Santos Blasto e Diógenes, mártires, em Roma, junto à Via Salária Antiga “ad Septem Colúmbas” († data inc.)
- Em Apolônia, na Macedônia, hoje na Albânia, os santos Isauro, Inocêncio, Félix, Hérmias, Peregrino e Basílio, mártires. († data inc.)
- Santos mártires Nicandro e Marciano, em Doróstoro, na Mésia, hoje na Bulgária, que, sendo soldados, recusaram ofertas e negaram-se firmemente a sacrificar aos deuses; por isso foram condenados à morte pelo governador Máximo. († c. 297)
- Santo Antídio, na atual França, bispo e mártir, que, segundo a tradição, recebeu a sentença da condenação à morte no tempo de Croco, rei dos Vândalos. († c. 411)
- Santo Hipácio, no território da atual Turquia, hegúmeno do mosteiro dos Rufinianos, que, com uma vida austera e rigorosos jejuns, ensinou aos seus discípulos a perfeita obediência à observância monástica e aos leigos o verdadeiro temor de Deus. († 446)
- Santo Herveu, atualmente território da França, eremita, que, segundo a tradição, sendo cego de nascença, cantava alegremente a felicidade do Paraíso. († s. VI)
- Santo Avito, abade, em Orleães, na Gália, também na actual França. († c. 530)
- Beata Teresa de Portugal, em Lorvão, localidade de Portugal, cuja memória se celebra em Portugal no dia 20 de Junho, juntamente com suas irmãs Sancha e Mafalda. († 1250)
- Beato Pedro Gambacorta, em Veneza, hoje no Véneto, região da Itália, o fundador da Ordem dos Eremitas de São Jerónimo, que teve como primeiros religiosos alguns ladrões por ele convertidos. († 1435)
- Beato Paulo Buráli, em Nápoles, na Campânia, também região da Itália, o da Ordem dos Clérigos Regrantes Teatinos, bispo de Piacenza e depois bispo de Nápoles, que trabalhou com toda a sua diligência para restaurar a disciplina da Igreja e confirmar na fé o povo que lhe foi confiado. († 1578)
- Beato Filipe Papon, num barco ancorado ao largo de Rochefort, na França, o presbítero de Autun e mártir, que, sendo pároco, durante a Revolução Francesa, por causa do sacerdócio foi condenado à prisão numa galera e, depois de ter dado a absolvição a um companheiro de prisão moribundo, também ele expirou. († 1794)
- São Pedro Dá, hoje no Vietnã, mártir, que, sendo carpinteiro e sacristão, apesar de torturado com muitos e atrozes suplícios no tempo do imperador Tu Duc, permaneceu firme na profissão de fé e finalmente morreu na fogueira. († 1862)
- Beato José Maria Cassant (Pedro José Cassant), no mosteiro de Santa Maria do Deserto, na França, presbítero da Ordem Cisterciense da Antiga Observância (Trapista), especialmente egrégio pelo admirável exemplo de penitência, constância e paciência nos sofrimentos e na enfermidade.
Fontes:
- Martirológio Romano – liturgia.pt
- Arquisp.org
- Franciscanos.org
– Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova