DIA 3 – SÁBADO
SANTOS FILIPE E TIAGO
APÓSTOLOS
(vermelho, glória, pref. dos apóstolos – ofício da festa)
Estes são homens santos que o Senhor escolheu com verdadeiro amor; deu-lhes a glória eterna, aleluia.
A vida cristã não se baseia em fábulas, mas consiste em seguir realmente a Cristo, “que morreu por nossos pecados… foi sepultado; que ao terceiro dia ressuscitou”. Renovemos nossa fé e a sincera disposição de ser discípulos do Senhor, à semelhança dos apóstolos São Filipe e São Tiago Menor.
Primeira Leitura: 1 Coríntios 15,1-8
Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – 1Irmãos, quero lembrar-vos o Evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. 2Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim. De outro modo, teríeis abraçado a fé em vão. 3Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; 4que foi sepultado; que, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras; 5e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze. 6Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram. 7Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. 8Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 18(19)
Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
1. Os céus proclamam a glória do Senhor, / e o firmamento, a obra de suas mãos; / o dia ao dia transmite esta mensagem, / a noite à noite publica esta notícia. – R.
2. Não são discursos nem frases ou palavras, / nem são vozes que possam ser ouvidas; / seu som ressoa e se espalha em toda a terra, / chega aos confins do universo a sua voz. – R.
Evangelho: João 14,6-14
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida, diz Jesus; / Filipe, quem me vê, igualmente vê meu Pai! (Jo 14,6.9) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, Jesus disse a Tomé: 6“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. 7Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me, eu estou no Pai, e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa dessas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço e fará ainda maiores do que estas, pois eu vou para o Pai. 13E o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei”. – Palavra da salvação.
Palavras do Santo Padre
«E tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo darei, para que o Pai seja glorificado no Filho» (14, 13). E o Catecismo explica que «a certeza de sermos atendidos nas nossas petições baseia-se na oração de Jesus» (n. 2614). Ela dá as asas que a oração do homem sempre desejou possuir. Como deixar de recordar aqui as palavras do Salmo 90-91, carregadas de confiança, que brotam de um coração que espera tudo de Deus: «Ele cobrir-te-á com as suas plumas, sob as suas asas encontrarás refúgio. A sua fidelidade ser-te-á um escudo de proteção. (…) É em Cristo que esta maravilhosa oração se cumpre, é n’Ele que encontra a sua verdade plena. Sem Jesus, as nossas orações correriam o risco de se reduzir a esforços humanos, na maioria das vezes destinados ao fracasso. Mas Ele tomou sobre si cada grito, cada gemido, cada júbilo, cada súplica… cada prece humana. E não esqueçamos o Espírito Santo que ora em nós; é Ele que nos leva a orar, leva-nos a Jesus.
(Audiência Geral de 11 de novembro de 2020)
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O rosto de Deus
Meus irmãos e minhas irmãs, hoje, nós celebramos a Festa dos Santos Apóstolos, Felipe e Tiago, no meio de uma catequese que Jesus dava para Tomé, ensinando-lhe que ele era o caminho, a verdade e a vida, e que Ele era o único acesso ao Pai do céu. Uma afirmação dita por Jesus chama a atenção de um outro discípulo, Felipe, cuja festa nós celebramos hoje.
A afirmação era: Desde agora, o conheceis e o vistes.
É possível ver Jesus? O que foi tão esperado, tão desejado pelos profetas, o que o povo ansiava no Antigo Testamento, agora tudo isso é possível? Ver a face de Deus?
Bom, dessa inquietude que ligava, seja Tomé, seja Felipe ou ainda Tiago que também celebramos hoje, nasce uma revelação belíssima de Jesus.
Quem me vê, vê o Pai! Ou seja, Jesus é o rosto do Pai? Felipe expõe o anseio que ultrapassava séculos, como eu disse, ver a face de Deus.
Quem de nós não quer ver Deus quando a tribulação bate a nossa porta? Quem de nós não quer ver o rosto amoroso de Deus na hora em que descobrimos uma enfermidade ou de alguém da nossa família?
É justo desejar isso. É justo querer ver a presença de Deus no meio das nossas aflições. Mas Jesus tem mais razão do que todos nós, e Ele pode revelar. Basta me buscar e encontrarei o rosto do Pai.
A Deus, jamais alguém viu – afirma o Evangelho de São João. O filho unigênito, que é Deus, e está no seio do Pai, foi Ele que nos deu a conhecer o seu rosto. Essa verdade nos foi revelada para que nunca nós duvidemos da presença Deus e do Seu rosto, sobretudo naqueles momentos em que as trevas parecem cobrir a nossa visão e aqueles problemas nos jogam no chão, nos colocam numa situação difícil.
A festa dos apóstolos que nós celebramos hoje nos põe na perspectiva da fé que conhece o rosto de Deus, o rosto a quem nós servimos e a quem nós amamos. O rosto de Deus não está mais encoberto, Jesus já nos revelou, por isso sejamos íntimos de Jesus, porque, ao contemplarmos o rosto de Cristo, nós contemplamos o rosto do Pai.
Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-Poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Heleno Ferreira
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São Filipe e São Tiago, discípulos e apóstolos escolhidos pessoalmente por Jesus

A Igreja celebra, no dia 3 de maio, a memória dos apóstolos São Filipe e São Tiago, companheiros leais de Nosso Senhor, escolhidos por Ele para propagar o Evangelho por todo o mundo. Pouco se sabe sobre a vida desses dois apóstolos além do que consta nos Evangelhos, nos Atos dos Apóstolos e em algumas Cartas do Novo Testamento.
São Tiago
Os Evangelhos citam dois apóstolos chamados Tiago: um, comumente chamado de “Tiago Maior”, era o irmão São João e filho de Zebedeu; enquanto o outro, identificado como “filho de Alfeu”, natural de Nazaré, portanto, conterrâneo de Jesus, é uma figura sobre quem pairam algumas dúvidas quanto à identidade. Isso porque com frequência ele também é identificado como “Tiago, o Menor”, que seria filho de Maria de Cléofas e primo de Jesus. Este Tiago Menor teve papel fundamental na Igreja de Jerusalém – foi o seu primeiro bispo –, especialmente ao dizer (cf. At 15,13) que os pagãos podiam ser acolhidos na Igreja sem antes ter de se submeter à circuncisão. Além disso, São Paulo diz que Jesus apareceu especificamente para ele (cf. 1 Cor 15,7) e o nomeou uma das colunas da Igreja (cf. Gl 2,9). A esse mesmo Tiago Menor é atribuída a Carta que leva seu nome, na qual consta a conhecidíssima afirmação de que “a fé sem obras é morta”.
O famoso historiador judeu, Flávio José relata a informação mais antiga sobre a morte de São Tiago. Ele narra que o Sumo Sacerdote Anano, filho de Anás, aproveitou o intervalo entre a deposição de um Procurador romano e a chegada do seu sucessor para decretar a pena de morte de Tiago por lapidação, no ano de 62.
São Filipe
Filipe era natural de Betsaida, mesma terra de Pedro e André. Apesar de sua origem hebraica, seu nome é grego, o que