
DIA 19 – SÁBADO
15ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Contemplarei, justificado, a vossa face; e ficarei saciado quando se manifestar a vossa glória (Sl 16,15).
Numa noite histórica, Deus libertou seu povo da escravidão estrangeira. Numa tarde também memorável, Jesus, o Servo de Deus, por sua morte na cruz, libertou-nos da escravidão do pecado e da morte. Louvemos ao Senhor por suas imensas maravilhas.
Primeira Leitura: Êxodo 12,37-42
Leitura do livro do Êxodo – Naqueles dias, 37os filhos de Israel partiram de Ramsés para Sucot. Eram cerca de seiscentos mil homens a pé, sem contar as crianças. 38Além disso, uma multidão numerosa subiu com eles, assim como rebanhos consideráveis de ovelhas e bois. 39Com a massa trazida do Egito, fizeram pães ázimos, já que a massa não pudera fermentar, pois foram expulsos do Egito e não tinham podido esperar nem preparar provisões para si. 40A permanência dos filhos de Israel no Egito foi de quatrocentos e trinta anos. 41No mesmo dia em que se concluíam os quatrocentos e trinta anos, todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito. 42Aquela foi uma noite de vigília para o Senhor, quando os fez sair da terra do Egito: essa noite em honra do Senhor deve ser observada por todos os filhos de Israel em todas as suas gerações. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 135(136)
Eterna é a sua misericórdia.
1. Demos graças ao Senhor, porque ele é bom: / porque eterno é seu amor! / De nós, seu povo humilhado, recordou-se: / porque eterno é seu amor! / De nossos inimigos libertou-nos: / porque eterno é seu amor! – R.
2. Ele feriu os primogênitos do Egito / porque eterno é seu amor! / E tirou do meio deles Israel: / porque eterno é seu amor! / Com mão forte e com braço estendido: / porque eterno é seu amor! – R.
3. Ele cortou o mar Vermelho em duas partes: / porque eterno é o seu amor! / Fez passar no meio dele Israel: / porque eterno é o seu amor! / E afogou o faraó com suas tropas: / porque eterno é seu amor! – R.
Evangelho: Mateus 12,14-21
Aleluia, aleluia, aleluia.
Em Cristo, Deus reconciliou consigo mesmo a humanidade; / e a nós ele entregou essa reconciliação (2Cor 5,19). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 14os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. 15Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. 16E ordenou-lhes que não dissessem quem ele era, 17para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 18“Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. 19Ele não discutirá nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. 20Não quebrará o caniço rachado nem apagará o pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. 21Em seu nome as nações depositarão a sua esperança”. – Palavra da salvação.
As palavras dos Papas
Os Cânticos do Servo de Javé encontram ampla ressonância “no Novo Testamento”, desde o início da atividade messiânica de Jesus. Já a descrição do batismo no Jordão permite estabelecer um paralelismo com os textos de Isaías. Escreve Mateus: “Batizado, (Jesus)… os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele” (Mt 3, 16); em Isaías é dito: “Pus sobre ele o meu espírito” (Is 42, 1). O evangelista acrescenta: “Uma voz vinda do céu dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3, 17), enquanto em Isaías Deus diz do servo: “o meu eleito em quem tenho prazer” (Is 42, 1). João Batista aponta para Jesus que se aproxima do Jordão, com as palavras: “Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29), exclamação que representa quase uma síntese do conteúdo do terceiro e do quarto Cântico sobre o servo sofredor de Javé. […]
Assim como os Evangelhos, também os Atos dos Apóstolos demonstram que a primeira geração dos discípulos de Cristo, a começar pelos apóstolos, está profundamente convencida de que em Jesus se cumpriu tudo o que o profeta Isaías anunciou em seus Cânticos inspirados: que Jesus é o eleito Servo de Deus (cf. por exemplo At 3, 13.26; 4,27.30; 1 Pe 2, 22-25), que cumpre a missão do servo de Javé e traz a Nova Lei, é luz e aliança para todas as nações (cf. At 13, 46-47). (São João Paulo II, Audiência Geral de 25 de fevereiro de 1987)
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