Com a Celebração da Vigília Pascal, da Ressurreição do Senhor Jesus, iniciamos o Tempo Pascal, cinquenta dias de alegria e exultação, que devem ser vividos como se fossem um só dia, isto é, como disse Santo Atanásio, como um grande domingo (Sta Atanásio; cf. Normas Universais do Ano Litúrgico, n.22).
A alegria da certeza de que Cristo ressuscitou e está vivo no meio de nós, deve permear todas as nossas ações, toda a nossa oração, todo o nosso viver. Os primeiros oito dias deste tempo, formam uma unidade, chamada oitava da Páscoa, onde todas as celebrações são solenidades do Senhor (NALC, n.24). Os demais domingos do Tempo Pascal são identificados como 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º Domingos de Páscoa.
Será muito apropriado e proveitoso se a Catequese se realizar de tal forma que, ao invés de seguir o calendário escolar encerrando o tempo de preparação no final do ano civil, a preparação puder ser realizada em um período que permita celebrar a Primeira Eucaristia dentro do Tempo Pascal (OS, N.103)
O Tempo Pascal é encerrado com a Festa de Pentecostes, quando celebramos a infusão do Espírito do Senhor sobre os apóstolos e toda a sua Igreja. No 2º Domingo da Páscoa, celebramos o Domingo da Misericórdia; no 4º Domingo da Páscoa, celebramos a Festa do Bom Pastor; e no 7º Domingo da Páscoa, celebramos a Ascensão do Senhor. Na semana intermediária entre o Domingo da Ascensão e o Domingo de Pentecoste, no Brasil, nos preparamos para a Vindo do Espírito Santo unidos em oração com outras cristãs, realizando a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
Assim, entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes, viveremos a maior festa da nossa Igreja, o tempo da Vida Nova, da Luz de Cristo que brilha no meio de nós dissipando todas as trevas.
Durante o Tempo Pascal, o Círio Pascal, que representa a Luz de Cristo, e que foi preparado na “Celebração do Fogo Novo” no Sábado Santo, na Vigília Pascal, permanece aceso em todas as celebrações; a cor dos paramentos nas missas próprias desse tempo é branca; nas celebrações se usa a palavra Aleluia ao final das antífonas. O Glória é entoado diariamente, marcando a grande alegria que vivemos.
Uma pergunta que surgiu é sobre o que se deve fazer com o Círio Pascal de anos anteriores (o que sobra do Círio Pascal). Os círios pascais de anos anteriores poderão ser usados como velas, nos altares, em celebrações, ou como a comunidade achar melhor. Antes disso, deve-se retirar os símbolos que foram colocados no sábado santo (se ainda houver), os cravos, as insígnias, etc.
As leituras dominicais, seguem a mesma intenção de dar unidade às celebrações, como uma só celebração da Páscoa: a primeira leitura é sempre do Ato dos Apóstolos, a história dos primeiros cristãos e da Igreja primitiva, pois foram eles que viveram e difundiram a Boa Nova de Jesus; a segunda leitura segue o ciclo dos anos, A, B OU C, sendo que no ano A é feita a leitura tirada da Primeira Carta de Pedro, no ano B é feita a leitura tirada da Primeira Carta de João, e no ano C é feita a leitura tirada do Livro do Apocalipse.
Autora: Maria Aparecida de Cicco
Fonte:http://universovozes.com.br