Dia 6 – SEXTA-FEIRA
1ª SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento I ou IA – ofício do dia)
O Senhor descerá com esplendor para visitar o seu povo na paz e comunicar-lhe a vida eterna.
A liturgia nos faz entrever dias de importantes transformações: serão vencidos os prepotentes, os injustos e toda sorte de opressores. Esse ideal encontra cumprimento em Jesus, que restituiu a dois cegos a capacidade de enxergar. Enxergar a realidade, para transformá-la, é tarefa também nossa. O Senhor nos dê olhos para ver e vontade para agir.
Primeira Leitura: Isaías 29,17-24
Leitura do livro do profeta Isaías – Assim fala o Senhor Deus: 17“Dentro de pouco tempo, não se transformará o Líbano em jardim? E não poderá o jardim tornar-se floresta? 18Naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro e os olhos dos cegos verão no meio das trevas e das sombras. 19Os humildes aumentarão sua alegria no Senhor, e os mais pobres dos homens se rejubilarão no Santo de Israel. 20Fracassou o prepotente, desapareceu o trapaceiro e sucumbiram todos os malfeitores precoces, 21os que faziam os outros pecar por palavras, e armavam ciladas ao juiz à porta da cidade, e atacavam o justo com palavras falsas”. 22Isto diz o Senhor à casa de Jacó, ele que libertou Abraão: “Agora, Jacó não mais terá que envergonhar-se nem seu rosto terá que enrubescer; 23quando contemplarem as obras de minhas mãos, hão de honrar meu nome no meio do povo, honrarão o Santo de Jacó e temerão o Deus de Israel; 24os homens de espírito inconstante conseguirão sabedoria e os maldizentes concordarão em aprender”. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 26(27)
O Senhor é minha luz e salvação.
1. O Senhor é minha luz e salvação; / de quem eu terei medo? / O Senhor é a proteção da minha vida; / perante quem eu tremerei? – R.
2. Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, / e é só isto que eu desejo: / habitar no santuário do Senhor / por toda a minha vida; / saborear a suavidade do Senhor / e contemplá-lo no seu templo. – R.
3. Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver / na terra dos viventes. / Espera no Senhor e tem coragem, / espera no Senhor! – R.
Evangelho: Mateus 9,27-31
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade, / e ele há de iluminar os olhos dos seus servos! – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 27partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós, filho de Davi!” 28Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então, Jesus perguntou-lhes: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?” Eles responderam: “Sim, Senhor”. 29Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé”. 30E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: “Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo”. 31Mas eles saíram e espalharam sua fama por toda aquela região. – Palavra da salvação.
Palavras do Santo Padre
Quando Jesus passava, dois cegos clamam por Ele referindo a sua miséria e esperança: «Filho de David, tem misericórdia de nós» (Mt 9, 27). «Filho de David» era um título atribuído ao Messias, que as profecias anunciavam ser da linhagem de David. Assim, os dois protagonistas do Evangelho de hoje são cegos e, contudo, veem o que mais conta: reconhecem Jesus como o Messias que veio ao mundo. […] Também nós, como os dois cegos, somos caminhantes muitas vezes imersos nas trevas da vida. A primeira coisa a fazer é ir ter com Jesus, como Ele próprio nos pede: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos» (Mt 11, 28). E quem dentre nós não está de alguma forma cansado e oprimido? Todos. Todavia sentimos relutância a encaminhar-nos para Jesus; muitas vezes preferimos ficar fechados em nós mesmos, ficar sozinhos com as nossas trevas, lamentar-nos um pouco da nossa sorte, aceitando a má companhia da tristeza. […] Irmãos, irmãs, o Senhor Jesus passa… passa também pelas nossas estradas de Chipre, escuta o clamor das nossas cegueiras, quer tocar os nossos olhos, quer tocar o nosso coração, fazer-nos abrir à luz, renascer, levantar-nos interiormente: isto é o que Jesus quer fazer. E dirige também a nós a pergunta que fez àqueles cegos: «Credes que tenho poder para fazer isso?» (Mt 9, 28). Cremos que Jesus possa fazer isso? Renovemos a nossa confiança n’Ele. Digamos-Lhe: Jesus, acreditamos que a vossa luz é maior do que qualquer uma das nossas trevas; cremos que Vós podeis curar-nos, que Vós podeis renovar a nossa fraternidade, que podeis multiplicar a nossa alegria; e, com toda a Igreja, Vos invocamos todos juntos: Vinde, Senhor Jesus! [todos repetem: «Vinde, Senhor Jesus!»] Vinde, Senhor Jesus! [todos: «Vinde, Senhor Jesus!»] Vinde, Senhor Jesus! (Homilia em Nicosia, Chipre, em 3 de dezembro de 2021)
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São Nicolau de Mira, o padroeiro dos marinheiros
Origens
São Nicolau de Mira nasceu no ano 275 em Pátara, cidade marítima da Lícia, na Turquia meridional. Seus pais eram ricos e possuíam uma profunda vida de oração. Ainda muito jovem, tornou-se órfão. Recordando a passagem do “Jovem rico”, Nicolau é conhecido principalmente para com os pobres, já que, ao receber por herança uma grande quantia de dinheiro, livremente partilhou com os necessitados e pobres.
Sacerdócio
Educado no cristianismo, tornou-se sacerdote da diocese de Mira, onde, com amor, evangelizou os pagãos, mesmo no clima de perseguição que os cristãos viviam.
Salvou a vida de jovens meninas
Certa vez, ficou sabendo que um homem havia perdido todo o seu dinheiro. Ele tinha três filhas, as quais tinham idade suficiente para o casamento, mas não tinham os dotes para a celebração. Por isso, as filhas do pobre homem seriam vendidas como escravas, pois não poderiam viver na casa por mais tempo. Na noite antes da partida da filha mais velha que seria vendida, ela lavou suas meias e as colocou em frente ao fogo para que secassem.