A Igreja Católica crê que Maria Santíssima foi preservada do pecado original e suas consequências, como aconteceu realmente não é possível precisar. Porém, Deus é oniponte e tudo pode fazer. Antes de Nossa Senhora, Adão e Eva tabém foram imaculados
A Igreja Católica, portanto, crê que Maria Santíssima foi preservada do pecado original e suas consequências, como, de fato, aconteceu não é possível precisar. Contudo, é preciso recordar que Deus é onipotente e tudo pode fazer, inclusive preservar Maria da mancha do pecado primeiro. Aliás, Maria não foi a primeira. Da mesma forma, Adão e Eva foram também imaculados.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado em 1854, pelo Bem-aventurado Pio IX, após uma consulta aos 603 Bispos do mundo todo. Desses, 546 responderam favoravelmente à proclamação do dogma. Assim, por meio da bula Ineffabilis Deus, de 08 de dezembro de 1854, o dogma foi instituído.
Inicialmente é preciso esclarecer o que quer dizer a palavra conceição. Trata-se de uma palavra de pouco uso no vocabulário português e quer dizer concepção. Assim, Imaculada Conceição de Maria quer dizer que Maria foi concebida sem o pecado original, porém, proveniente de uma relação sexual de seus pais, São Joaquim e Santa Ana. Como compreender tal afirmação se é sabido que toda a humanidade traz em si a mancha do pecado original? A bula Ineffabilis Deus, diz que:
“O Deus inefável… desde o princípio e antes dos séculos, escolheu e predestinou para seu Filho unigênito uma mãe da qual nascesse, feito carne, na bem-aventurada plenitude dos tempos; e a acompanhou com tão grande amor, de preferência a todas as criaturas, que unicamente nela se comprouve com a mais propensa vontade. Por isso, adminiravelmente a cumulou, mas que a todos os espíritos angélicos e todos os santos, com a abundância de todos os carismas celestes, haurida do tesouro da divindade. Assim ela, sempre absolutamente livre de toda mancha do pecado, toda bela e perfeita, possui uma tal plenitude de inocência e de santidade que de modo nenhum se pode conceber maior, depois de Deus, e que, foram de Deus, ninguém pode apreender por mero pensamento.” (DS 2800)
A Igreja Católica, portanto, crê que Maria Santíssima foi preservada do pecado original e suas consequências, como, de fato, aconteceu não é possível precisar. Contudo, é preciso recordar que Deus é onipotente e tudo pode fazer, inclusive preservar Maria da mancha do pecado primeiro. Aliás, Maria não foi a primeira. Da mesma forma, Adão e Eva foram também imaculados. A bula Ineffabilis Deus continua explicando:
“E certamente era de todo conveniente que uma mãe tão venerável refulgisse sempre adornada dos esplendores da santidade mais perfeita e, inteiramente imune da mancha da culpa original, alcançasse o mais completo triunfo sobre a antiga serpente. A ela, Deus Pai decidiu dar seu Filho único, ao qual, gerado do seu coração, igual a ele mesmo, ama como a si mesmo, e decidiu dar de modo tal que ele fosse, por natureza, um só e o mesmo Filho comum de Deus Pai e da Virgem; a ela, o mesmo Filho a escolheu para fazê-la sua mãe de modo substancial, e o Espírito Santo quis e atuou para que por ela fosse concebido e nascesse aquele do qual ele mesmo procede.” (DS 2801)
Maria foi redimida desde o momento de sua concepção. Ela foi salva por Jesus, quando este morreu na cruz. Isso só é possível porque Deus olha as coisas fora do tempo. Assim, o olhar do Pai sobre os méritos do Filho, preserva Maria de todo o pecado ainda no ventre de sua mãe. Trata-se de uma dificuldade intelectual, pois é muito difícil entender como isso se dá, mas, nesse caso, a fé busca a intelecção.
“De fato, a Igreja de Cristo, diligente guardiã e vindicadora das doutrinas a ela confiadas, nelas nada jamais altera, nada omite, nada acrescenta, mas, com todo o zelo, tratanto fiel e sabiamente os velhos dados que desde tempos remotos tomaram forma e que a fé do Padres semeou, procura limá-los e poli-los de tal mdo que aqueles antigos dogmas da doutrina celeste recebam evidência, luz e precisão, mas conservem sua plenitude, integridade e característica e se desenvolvem somente segundo seu próprio gênero, ou seja, no mesmo dogma, no mesmo sentido, na mesma sentença.” (DS 2802)
Isso quer dizer que a Igreja sempre creu na Imaculada Conceição de Maria, contudo, antes do pronunciamento oficial era permitido que houvesse debate, que as pessoas não acreditassem, porém, a partir do momento em que a Igreja afirmou sempre ter crido na concepção sem pecado de Maria cessaram-se as discussões.
“… Para a honra da santa e indivisa Trindade, para adorno e ornamento da Virgem Deíprara, para exaltação da fé católica e incremento da religião cristã, com a autoridade do nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e nossa, declaramos, proclamamos e definimos: a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio do Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha da culpa original, é revelada por Deus e por isso deve ser crda firme e constantemente por todos os fiéis.” (DS 2803)
A partir da proclamação do dogma, em dezembro de 1854, a concepção sem pecado de Maria Santíssima passou a ser uma verdade da fé católica:
“Portanto, se houver quem presuma – o que Deus não permita – pensar no coração diferente do que foi por Nós definido, tais tomem conhecimento e saibam que, condenados por seu próprio juízo, naufragaram na fé e estão separados da unidade da Igreja, e ainda incorreram automaticamente nas penas estabelecidas pela lei, se se atreverem a manifestar por palavra, por escrito ou de qualquer outro modo externo, o que pensam no coração.” (DS 2804)
Portanto, que cada um esteja pronto a aceitar e a defender essa verdade de fé, proclamando a Imaculada Conceição de Maria Santíssima. Que cada um traga nos lábios e no coração este belo Hino do oficio das leituras:
Cantando teus louvores, ó pura Mãe de Deus!
Os hinos que entoamos se elevam até os céus.
Do Adão terrestre filhos, nascemos para o mal;
Só tu cremos isenta da culpa original.
Teus níveos pés esmagaram as fauces do dragão,
Ó Virgem concebida em pura conceição.
Florão do estirpe humana, que amparas todo réu:
Ajuda-nos na terra, conduze-nos ao céu.
Esmaga a vil serpente, repele o tentador;
Contigo cantaremos as glórias do Senhor.
Louvor e honra ao Deus trino, que tanto te amou,
Pois já antes do pecado da culpa te livrou!
A vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus.
Não desprezais as nossas súplicas em nossas necessidades,
mas livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.
Amém.
Fonte: padrepauloricardo.org